Em 2023, Boi de São Simão celebra 64 anos de resistência na cultura popular maranhense .O grupo sagra-se também como o mais antigo e tradicional boi de orquestra no São João do Maranhão Na sede do Bumba Boi de São Simão, as expectativas para as festividades juninas deste ano são muitas.
Fundado no município de Rosário (MA), o Boi de São Simão não mede esforços para permanecer ativo, representando a cultura local de sua cidade na programação dos arraiais Maranhão adentro.
O sotaque de orquestra, conhecido pelo uso de instrumentos de sopro e corda, – como saxofone, clarinetes, banjos, além de zabumbas e tarol -, nasceu na região do Munim, especificamente em Rosário e Axixá, berço do mais jovem dos sotaques de bumba meu boi, e que, hoje, detém o maior número de grupos registrados.
O sotaque de orquestra é reconhecido ainda pelo festival de cores e exuberância presente nas indumentárias de seus brincantes. E, a história desse sotaque começa com o Bumba Boi de São Simão. Segundo Emília Nazar, atual diretora da brincadeira, o Boi de São Simão nasceu de uma promessa de seu pai, José Nazar, para o santo junino São João, em um vilarejo chamado Cachoeira dos Morros, em 1959.
Anos depois, o grupo cresceu, envolvendo mais brincantes e mudou de lugar e de nome, fixando sua sede em São Simão. Em 1984, torna-se Associação Folclórica e passa a realizar apresentações oficiais dentro e fora das programações juninas. Com um vasto currículo de apresentação, o Boi de São Simão já tocou em diversos municípios do Maranhão, além de Ceará e Brasília.
Com dez discos lançados nesses 64 anos de trajetória, o grupo tem cerca de 120 brincantes que celebram o auto do boi, dando vida à Pai Francisco, Catirina, índias, vaqueiros e demais personagens que compõem uma das histórias mais conhecidas e festejadas da cultura popular maranhense.
Para as festas juninas deste ano, o Boi de São Simão segue na missão de manter a tradição do sotaque de orquestra da região do Munim, com elementos específicos que podem ser vistos na composição do grupo, na encenação do folguedo e até em detalhes da indumentária, sendo memória viva desse legado, iniciado pelo Seu José Nazar e, hoje, continuado por sua filha, Dona Emília.
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Créditos/fotos: @kaduvassoler
(Da redação, com informações da Assessoria)