Cidade amazônica: a São Luís de Mobi em exposição inédita

Nova exposição do Centro Cultural Vale Maranhão apresenta panorama da obra do fotógrafo maranhense Mobi

O Centro Cultural Vale Maranhão abre ao público nesta terça-feira, 14, às 19h, a exposição Renunciar / Mobi. Ao todo, são 300 fotos escolhidas para compor a mostra inédita sobre o trabalho do fotógrafo maranhense Mobi, que documentou a cidade de São Luís dos anos 70 aos 2000. A curadoria é de Gabriel Gutierrez, diretor do CCVM.

A exposição apresenta a obra de Mobi em três linhas narrativas: a cidade oficial, berço das transformações urbanas e mobilizações políticas; a cidade marginal, que, embora esquecida, constitui os alicerces para seu funcionamento maior; e as pessoas, agentes que constroem, transformam, assistem e habitam os espaços urbanos.

O acervo utilizado para compor a exposição pertence ao Instituto Federal do Maranhão e foi digitalizado pelo CCVM. Ao todo 5 mil fotos foram pesquisadas. “Mobi foi um fotógrafo que esteve à margem do que foi amplamente exposto, publicado e divulgado. Ele documentou o que podemos chamar de ‘cidade amazônica’, que é uma cidade complexa, que não cabe nos moldes que estamos habituados a conceber e construir. O trabalho é um manifesto sobre a importância do cotidiano e do humano na conformação e sustentação da urbanidade específica. Por trás dos grandes feitos, são as pessoas que, em profundidade psicológica e de experiência, miram-se nesse grande espelho.  Mobi fotografou a rua, as praças, os edifícios, os bichos e o que encontrava enquanto cidadão, sujeito popular, de São Luís, e revelou a oposição flagrante própria desse espaço urbano”, conta Gabriel.

Entre as fotografias expostas, destacam-se a cobertura jornalística de momentos políticos como as visitas de Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela e Luiz Inácio Lula da Silva ao Maranhão, além do registro de importante figuras maranhenses, como a médica Maria Aragão, o mímico Gilson César e a cordelista e poetisa Raimunda Frazão, com quem Mobi viveu e trabalhou por 17 anos.

Complementando a exposição, o documentário inédito dirigido pelo cineasta Beto Matuck apresenta Mobi pelos depoimentos e reações de amigos e de Raimunda, que mergulharam no universo fotográfico do artista, desconhecido até por quem fazia parte de seu ciclo.

Renunciar / Mobi fica em cartaz até o dia 3 de junho. O Centro Cultural Vale Maranhão fica localizado à Rua Direita, nº 149, Centro Histórico de São Luís. A programação é gratuita.

Sobre Mobi

Luiz Gonzaga Araújo Frazão, o Mobi, foi um fotógrafo maranhense nascido em São Luís Gonzaga, em 1953. Iniciou sua carreira em 1978, realizando sua primeira exposição individual, Facetas da Ilha, quatro anos depois. Em sua carreira, atuou em coberturas jornalísticas, esteve à frente da diretoria de promoção da Associação Profissional dos Fotógrafos do Estado do Maranhão, lecionou como professor de fotografia e fundou o Moversarte – Movimento Ecológico Regional de Saúde com Arte, projeto responsável por iniciativas sociais, ambientais e culturais voltadas aos moradores de São José dos Índios, em São José de Ribamar, onde trabalhou até seu falecimento, em 2007.

Serviço

O quê: Exposição Renunciar / Mobi

Quando: Abertura – 14 de fevereiro, às 19h; Visitação – 15 de fevereiro a 3 de junho, das 10h às 19h.

Onde: Centro Cultural Vale Maranhão – Rua Direita, nº 149, Centro Histórico de São Luís.

Site: www.ccv-ma.org.br

Redes sociais: @centroculturalvalemaranhao

Contato: 98 981436143

 

 

(Da redação com informações da Assessoria)

Vanessa Serra é Jornalista. Ludovicense, filha de rosarienses.

Bacharel em Comunicação Social – habilitação Jornalismo, UFMA; com pós-graduação em Jornalismo Cultural, UFMA.

Assessora de Imprensa e Comunicação.

Pesquisadora musical e entusiasta da Cultura do Vinil/DJ.

Antes de dedicar-se ao conteúdo on-line, publicou o Diário de Bordo, na mídia impressa, por 25 anos. Marcou também sua atuação profissional, por 20 anos, desenvolvendo estratégias de produção e roteiro de programas de rádio e TV, com foco em entretenimento.

É criadora do projeto “Vinil & Poesia” com ações diversas, incluindo feira, saraus e produção fonográfica. Lançou a coletânea maranhense Vinil e Poesia – Vol. 1, em mídia física (LP) e plataformas digitais, reconhecida no Prêmio Papete 2021.

Em 2020, idealizou o programa “Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras”, inspirado nas tradições dos folguedos populares e lembranças musicais afetivas. Dentre as realizações, produz bailes e circuitos, a partir do Alvorada que tem formato original e inovador, 100% vinil, apresentado, ao ar livre, nas manhãs de domingo, com transmissão nas redes sociais e na Rádio Timbira FM.

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