São Luís recebe, pela primeira vez, exposição com obras de Victor Brecheret

Mostra “Brecheret Modernista – A Imagem Indígena como Símbolo de Brasilidade” está aberta até 27 de abril no Centro Cultural Vale Maranhão

São Luís (MA) é a terceira cidade a receber a exposição, que já passou por Belo Horizonte (MG) e Belém (PA). O Centro Cultural Vale Maranhão fica localizado na Rua Direita, nº 149, Centro Histórico de São Luís e funciona de terça a sábado, de 10h às 19h, com entrada gratuita.

Victor Brecheret (1894-1955) foi figura de proa do Modernismo e seu interesse pela temática indígena estava vinculado ao anseio de produção de arte com características brasileiras. Sua obra estará em exposição na mostra itinerante Brecheret Modernista – A Imagem Indígena como Símbolo de Brasilidade, que será inaugurada em 30 de janeiro, no Centro Cultural Vale Maranhão. Na data de abertura, às 19h30, haverá visita guiada pela curadora da exposição, a professora e historiadora da arte, Maria Izabel Branco Ribeiro.

Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, o projeto do Instituto Victor Brecheret reúne cerca de 30 esculturas e 20 desenhos originais, além de obras e reproduções assinadas por outros artistas com interesses semelhantes. A mostra traz um panorama da trajetória do artista ítalo-brasileiro com foco na formação da linguagem plástica de Brecheret, seus vínculos com as propostas modernistas e seu interesse no universo indígena.

De acordo com a curadora Maria Izabel Branco Ribeiro, ao ressaltar a faceta do Modernismo de Brecheret, a mostra também se propõe a reverberar, num espectro mais amplo, a preocupação de vários artistas que, no início do século XX, ansiavam por uma arte com características brasileiras. A integração do escultor ao grupo Modernista está representada por duas obras participantes da exposição da Semana de Arte Moderna de 1922: “Ídolo” e “Sóror Dolorosa”, esta última executada a partir de poema de Guilherme de Almeida

A temática indígena já aparece na obra de Brecheret no princípio da década de 1920, quando, ao compor a maquete para o Monumento às Bandeiras, decide incluir grupos de indígenas e mestiços. Após uma temporada no exterior, Brecheret retorna para o Brasil em 1936.

Os relatos das expedições dos irmãos Villas Boas a partir de princípios dos anos 1940, motivou o interesse do artista pelos povos do Brasil Central e Amazônia, tanto em relação aos mitos, costumes e interações com a natureza, quanto aos padrões plásticos. “A linguagem desenvolvida a partir de então, tornou-se tão eficiente a ponto de Brecheret utilizá-la em outras obras, como em um São Francisco”, exemplifica Maria Izabel.

Sobre o Artista

Victor Brecheret (1894-1955) foi um escultor ítalo-brasileiro, considerado o introdutor da arte moderna na escultura brasileira. No ano de 1922, participou da emblemática Semana de Arte Moderna. Recebeu o Prêmio Nacional de Escultura na I Bienal de São Paulo, em 1951, com a obra “o índio e a suaçuapara”. É também o autor da obra “Monumento às Bandeiras”, localizada no Parque do Ibirapuera (capital paulista). Em 1955, expõe na 3ª Bienal Internacional de São Paulo e, em 1957, é homenageado postumamente com sala especial na 4ª Bienal.

Curadoria

Curadora da exposição, a paulista Maria Izabel Branco Ribeiro é graduada em Artes e doutora em História da Arte. Tem experiência na área de museus, curadoria e organização de exposições; pesquisa questões relacionadas a coleções, arte moderna e contemporânea, preservação de patrimônio cultural, arte e cultura brasileira.

Serviço

O quê: Exposição “Brecheret Modernista – A Imagem Indígena como Símbolo de Brasilidade”, com visita guiada com a curadora Maria Izabel Branco Ribeiro.

Onde: Centro Cultural Vale Maranhão – Rua Direita, nº 149, Centro Histórico de São Luís.

Site: www.ccv-ma.org.br

Redes sociais: @centroculturalvalemaranhao

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Vanessa Serra é jornalista. Ludovicense, filha de rosarienses.

Bacharel em Comunicação Social – habilitação Jornalismo, UFMA; com pós-graduação em Jornalismo Cultural, UFMA.

Atua como colunista cultural, assessora de comunicação, produtora e DJ. Participa da cena cultural do Estado desde meados dos anos 90.

Publica o Diário de Bordo, todas as quintas-feiras, na página 03, JP Turismo – Jornal Pequeno.

É criadora do “Vinil & Poesia” que envolve a realização de feira, saraus e produção fonográfica, tendo lançado a coletânea maranhense em LP Vinil e Poesia – Volume 01, disponível nas plataformas digitais. Projeto original e inovador, vencedor do Prêmio Papete 2020.

Durante a pandemia, criou também o “Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras”, inspirado nas tradições dos folguedos populares e lembranças musicais afetivas. O programa em set 100% vinil, apresentado ao ar livre, acontece nas manhãs de domingo, com transmissões ao vivo pelas redes sociais e Rádio Timbira.

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