Reggae das Mulheres marca o calendário da Jamaica Brasileira

DJ Elizabeth Lago

Neste sábado, 26, acontece a oitava edição do Reggae das Mulheres, a partir de 21h, no Rotatória Roots – Anel Viário, celebrando a presença feminina na discotecagem, nos palcos e nos clubes, dentro da Cultura do Reggae em São Luís, considerada a Jamaica Brasileira.

No line up estão as DJs Elizabeth Lago, Sandra Marley, Ozana Black, Helena Mello, Fellyna Roots e Rose Black e diretamente de Belém (PA) marcam presença especial, as DJs Rafuska Santos e Kássia Marley.

Entrada liberada para as mulheres até às 22h. Haverá sorteio de brindes, transcistas e entrega de certificados para as homenageadas. Entre essas grandes mulheres potentes de forte atuação na cena reggaeira do Estado, são homenageadas: DJs Jessy Roots, Nega Glícia, Nalva Roots do Terraço Bar, Mulher Maravilha, Joenny Roots, Jê Roots, Chirley, a dançarinas das antigas, Nilda Coelho, Joanna Meyry do Pop Som, Negra Lídia, Jacilde do Bar da Jacilde, produtora Mariahiana, Sheyla Rakel da Barril 66 (Bacabal – MA), Kelmara Queiroz e Manna Freitas (Pedreiras – MA), administradora do Club do Vinil Jorgiana Andrade, produtora Vanderly Mesquita; a musa do saudoso Carlos Nina, Lígia, Gerlandia França, a cantora e produtora Lady Conceição, a primeira dama do Reggae, Celia Sampaio, Rosa Amélia entre muitas outras, também integra o ‘staff’ de homenageadas, a jornalista e DJ Vanessa Serra (Blog Diário de Bordo, programa Alvorada e projeto Vinil & Poesia).

A saber, a presença de mulheres no palcos dos clubes de reggae em São Luís (MA) era muito pontual e restrita, a partir de 2015, essa realidade começou a mudar com o enfrentamento do machismo e preconceito então vigente. As DJs não eram convidadas para os grandes eventos, existiam muitas críticas em torno do trabalho e poucas oportunidades de visibilidade. Deste modo, o “Reggae das Mulheres” nasceu com objetivo de homenagear o Dia Internacional das Mulheres, 08 de março, seguido do Dia Internacional do DJ, 09 de março. A iniciativa tem discotecagem exclusivamente feminina, sendo este o pioneiro com esta finalidade e neste formato que fortalece e promove a atuação das DJs mulheres na Jamaica Brasileira.

O marco inicial demonstrou todo o poder e representatividade e novos caminhos se abriram, e a cada edição, o “Reggae das Mulheres” evolui cada vez mais. Um dos grandes destaques da ocasião são as homenagens prestadas às mulheres, que começou em 2017, com distribuição de certificado para 100 mulheres expressivas dentro do Movimento, atuantes em diversas áreas, cantoras, donas de bares e clubes, produtora de eventos, djs, artesãs, trancistas etc. Em 2018, foi gravado o primeiro DVD, e em 2019 ocorreu a edição com o maior público já visto, iniciando também uma conexão com DJs de Belém do Pará. Em virtude da pandemia, a programação não pode ocorrer em 2020, mas a tradição foi mantida com uma live da sexta edição do evento transmitida pelo Youtube. Em 2021, a crise em função da pandemia limitou a realização, entretanto, a luta foi mantida e novas conquistas estão a surgir. Agora, esta edição está com as expectativas mais positivas possíveis, celebrando a volta desse evento de forma presencial com toda energia, muitas “pedras de responsa” e o calor do salão repleto pelos aficionados pelo gênero jamaicano que conquistou todo o Maranhão.

 

 

One Response

  1. Só tenho a agradecer e parabenizar a Amiga e DJ Elizabeth Lago por fazer parte desse Maravilhoso Evento desde o Início que foi com muita luta dificuldade mas com a graça de Deus conquistamos nosso espaço… Sucesso a todas as amigas envolvidas Jah Bless
    Dj Rose Bombom

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DIÁRIO DE BORDO NO JP

Vanessa Serra é jornalista. Ludovicense, filha de rosarienses.

Bacharel em Comunicação Social – habilitação Jornalismo, UFMA; com pós-graduação em Jornalismo Cultural, UFMA.

Atua como colunista cultural, assessora de comunicação, produtora e DJ. Participa da cena cultural do Estado desde meados dos anos 90.

Publica o Diário de Bordo, todas as quintas-feiras, na página 03, JP Turismo – Jornal Pequeno.

É criadora do “Vinil & Poesia” que envolve a realização de feira, saraus e produção fonográfica, tendo lançado a coletânea maranhense em LP Vinil e Poesia – Volume 01, disponível nas plataformas digitais. Projeto original e inovador, vencedor do Prêmio Papete 2020.

Durante a pandemia, criou também o “Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras”, inspirado nas tradições dos folguedos populares e lembranças musicais afetivas. O programa em set 100% vinil, apresentado ao ar livre, acontece nas manhãs de domingo, com transmissões ao vivo pelas redes sociais e Rádio Timbira.

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