Itinerância da mostra “Imagens que não se conformam” chega ao Nordeste do Brasil  

Depois de uma temporada de sucesso em Belém (PA), o rico acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) chega a São Luís (MA) para dar continuidade ao diálogo com produções de artistas contemporâneos

A partir de 25 de julho, São Luís (MA) recebe a exposição “Imagens que não se conformam”, que reúne peças da coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e trabalhos de artistas contemporâneos. A exposição ficará em cartaz até 4 de novembro no Centro Cultural Vale Maranhão, localizado na Rua Direita, 149, no Centro Histórico da capital maranhense. 

Realizada pelo Ministério da Cultura, Instituto Cultural Vale e Instituto Odeon, a mostra apresenta ao público peças e obras raras e significativas do acervo do IHGB que remetem aos períodos colonial, imperial e republicano do Brasil, e trabalhos de artistas maranhenses contemporâneos, propondo um diálogo profundo acerca da desconstrução das narrativas históricas já constituídas. Com curadoria de Paulo Knauss e co-curadores locais, a itinerância por três estados brasileiros reflete o trabalho de articulação do Instituto Cultural Vale na busca pela descentralização e integração das diversas manifestações culturais por todo o país.

Essa experiência que circula o Brasil seguirá rumo a Belo Horizonte (MG), no final de novembro. Baseada no diálogo entre o antigo e o novo, a exposição conta com curadores e artistas das respectivas localidades, reconhecendo assim a diversidade da produção contemporânea e inventariando a multiplicidade de visões sobre a história do Brasil. “É de extrema importância que nós tenhamos familiaridade com a história, que estejamos em contato com o passado e que nos aprofundemos em uma visão analítica e crítica sobre o tempo”, comenta Carlos Gradim, presidente do Instituto Odeon, idealizador e realizador da itinerância. “A experiência da exposição no Museu de Arte do Rio – MAR, com curadoria também de Marcelo Campos e em Belém, com curadoria de Aldrin Figueiredo, demonstram que as novas narrativas são possíveis e indispensáveis para pensarmos, juntos, como tem que ser, um presente mais diverso e democrático e um futuro possível para TODOS. O Brasil está sendo repensado e é uma enorme satisfação fazer parte disso”, conclui Gradim. 

Imagens que não se conformam procura tornar mais conhecida do público a coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), instituição cultural mais antiga do Brasil, que foi fundada em 1838, sob a proteção do imperador d. Pedro II, com objetivo de recolher documentos da história nacional. Espera-se que o inventário de diferenças entre o antigo e o novo, entre o erudito e o popular, entre o nacional e o regional, estimule pensar historicamente o Brasil atual e seus desafios a partir de uma abordagem sensível”, detalha Paulo Knauss, sócio titular e vice-presidente do IHGB, além de curador da exposição.

Em São Luís, a exposição vai contar com trabalhos de relevantes artistas maranhenses que, a partir das obras do IHGB e das reflexões sobre elas, darão novo e complexo significado à história por meio da arte. “O berço da cultura maranhense é afro-indígena, portanto, é imprescindível que, ao recebermos um acervo histórico do nosso patrimônio, seja proposto um contraponto ao que foi contado sobre o passado. Silvana Mendes traz um novo olhar sobre retratos históricos, tendo a mulher negra como protagonista; Claudio Costa propõe um arco e flecha clandestino, dialogando com a ruína e com os usos do passado; e Tassila Custodes trata do armorial e a importância das cores para a definição da cultura afro-brasileira. Além deles, há outros artistas convidados, todos propondo uma renovação de perspectiva e uma outra escrita histórica”, explica Gabriel Gutierrez, diretor do Centro Cultural Vale Maranhão e curador da exposição.

A estreia da exposição aconteceu em 2021, quando esteve em cartaz no Museu de Arte do Rio (MAR), onde o diálogo aconteceu com artistas cariocas.

 

Serviço

Exposição “Imagens que não se conformam”

De 25 de julho a 4 de novembro de 2023 no Centro Cultural Vale Maranhão

Endereço: Rua Direita, 149 – Centro, São Luís (MA) – entrada gratuita

 

Sobre o Instituto Cultural Vale 

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa.

São mais de 600 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

 

Sobre o Instituto Odeon

O Instituto Odeon é uma Organização Social da Cultura (OSC), sem fins lucrativos, que atua na gestão cultural há mais de 25 anos. Atualmente é gestora do Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, correalizadora do projeto artístico do Museu de Arte do Rio, além de gerir o Circuito Municipal de Cultura de Belo Horizonte e a Itinerância da exposição Imagens que não se conformam. Organização Social responsável pela inauguração do Museu de Arte do Rio, em março de 2013, o Odeon atua na gestão artística e cultural em diversas cidades do Brasil.

 

 

 

 

 

(Da redação com informações da Assessoria)

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DIÁRIO DE BORDO NO JP

Vanessa Serra é jornalista. Ludovicense, filha de rosarienses.

Bacharel em Comunicação Social – habilitação Jornalismo, UFMA; com pós-graduação em Jornalismo Cultural, UFMA.

Atua como colunista cultural, assessora de comunicação, produtora e DJ. Participa da cena cultural do Estado desde meados dos anos 90.

Publica o Diário de Bordo, todas as quintas-feiras, na página 03, JP Turismo – Jornal Pequeno.

É criadora do “Vinil & Poesia” que envolve a realização de feira, saraus e produção fonográfica, tendo lançado a coletânea maranhense em LP Vinil e Poesia – Volume 01, disponível nas plataformas digitais. Projeto original e inovador, vencedor do Prêmio Papete 2020.

Durante a pandemia, criou também o “Alvorada – Paisagens e Memórias Sonoras”, inspirado nas tradições dos folguedos populares e lembranças musicais afetivas. O programa em set 100% vinil, apresentado ao ar livre, acontece nas manhãs de domingo, com transmissões ao vivo pelas redes sociais e Rádio Timbira.

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