Na última quinta-feira, dia 13, o Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa da ESPM (MPGEC), na ESPM, no Rio de Janeiro, lançou o livro “Criatividade e emancipação nas comunidades-rede: contribuições para uma economia criativa brasileira”, editado em parceria pelo Itaú Cultural e a editora WMF Martins Fontes, com organização e edição de Cláudia Leitão. O encontro homenageia dois ex-ministros da Cultura: o economista Celso Furtado (1920-2004), que esteve no cargo de 1986 a 1988, e o cantor e compositor Gilberto Gil, que assumiu o posto de 2003 a 2008. O evento, gratuito, aconteceu em formato tanto presencial, no campus ESPM Vila-Aymoré, na Glória, quanto on-line.
Os convidados debatem sobre políticas públicas de economia criativa no Brasil voltadas para a construção do desenvolvimento sustentável na perspectiva da sociedade em rede, tema que conduz o livro. Um dia antes, na quarta-feira, dia 12, Jader Rosa e Cláudia Leitão abordaram a publicação em participação no encontro de criatividade Rio 2C, em debate sobre o valor da cultura para um desenvolvimento econômico e sustentável.
O título da publicação Criatividade e emancipação nas comunidades-rede: contribuições para uma economia criativa brasileira é inspirado em Criatividade e dependência na civilização industrial, obra seminal de Celso Furtado, publicada há 45 anos. A publicação atual, por sua vez, busca oferecer ao leitor subsídios originais para uma reflexão a respeito de economia criativa, com envolvimento e emancipação das populações em seus territórios, para a superação da desigualdade, da violência e do autoritarismo.
“Em 2022, o Brasil completou 10 anos da oficialização de políticas públicas nacionais de economia criativa. De lá para cá, entre avanços e retrocessos, a economia criativa brasileira resistiu e se consolidou como possibilidade e alternativa de desenvolvimento”, diz Luciana Guilherme, co-autora do livro e que fará a mediação da noite. “A criatividade brasileira assume, então, um papel fundamental como processo de emancipação de comunidades, redes e territórios. Esse debate precisa ser aprofundado”.
Coleção
Criatividade e emancipação nas comunidades-rede: contribuições para uma economia criativa brasileira é o segundo volume de uma coleção de livros lançada pelo Itaú Cultural e a Editora WMF Martins Fontes sobre economia da cultura.
A publicação conta com textos de Cláudia Leitão, Luciana Guilherme, Luiz Antônio Oliveira e Raquel Gondim, além de entrevista com a economista Tania Bacelar e com Jorge Melguizo, ex-secretário de Cultura Cidadã e de Desenvolvimento Social de Medellin/Colômbia. O texto de apresentação é de Paulo Miguez, reitor da Universidade Federal da Bahia, o prefácio do cantor, poeta e ex-ministro da Cultura de Cabo Verde, na África, Mário Lúcio Sousa, e o posfácio de Antonio Lafuente, professor e escritor que atua no Centro de Ciências Humanas e Sociais, em Madri.
O primeiro volume da coleção, intitulado Economia da cultura e indústrias criativas, foi lançado no final de março no Sesi Lab, em Brasília, e reúne uma massa crítica teórica e aplicada sobre o tema, com ênfase em três eixos: dimensões teóricas fundadoras, políticas públicas estruturantes e grandes temas contemporâneos. É composto por artigos de autores nacionais e internacionais, com organização e edição de Leandro Valiati, professor e pesquisador na área de Economia da Cultura e Indústrias Culturais no Brasil e Reino Unido.
“Com o conjunto de livros sobre Políticas para Economia da Cultura e Indústrias Criativas que lançamos neste início de ano e que fechamos com o lançamento desta publicação organizada por Cláudia Leitão, o Observatório oferece um referencial teórico e evidências, tanto numa perspectiva internacional como num olhar para as especificidades nacionais”, afirma Jader Rosa, gerente do Observatório Itaú Cultural. “Assim, esperamos contribuir para a retomada da agenda de discussão de políticas para os setores cultural e criativo no país, promovendo também um setor que gera mais de 7,4 milhões de postos de trabalho e que pode oferecer um caminho de desenvolvimento econômico mais inclusivo e sustentável a partir das diversidades e potências de nossos territórios”, complementa.
(Da redação, com informações da Assessoria)